Gestão Ambiental e Construções Sustentáveis

A necessidade de profundas mudanças e do uso mais eficiente de insumos ( água, solo, produtos químicos, energia, materiais de construção, entre outros) em sistemas integrados de produção, sustentáveis, renováveis, resilientes e sinérgicos é primordialcom a intenção de viabilizar a transição para um futuro de novos desafios, crescimento e bem-estar da sociedade.

Uma nova economia – bioeconomia surge para ajudar na solução desses desafios. Novos conceitos como economia circular e digital estão transformando a maneira de produzir bens, serviços, valores, conhecimento e de se fazer negócios, com relacionamentos mais harmônicos e integrados à natureza.

A Spiralight Consultoria pretende , através de estudos de novas tecnologias e inovações no empreendedorismo, influenciar os profissionais e tomadores de decisões na busca de otimização de recursos e aumento de eficiência nos processos produtivos para prevenir, minimizar e remediar impactos ambientais negativos e promover um desenvolvimento sustentável. 


Construções Sustentáveis

A engenharia é a arte de modificar a natureza e a variável econômica está sempre presente na interação de atividades humanas com o meio ambiente.

A construção civil é uma das atividades humanas mais importantes para a economia. Existe uma grande correlação entre o crescimento do PIB do setor e o crescimento do PIB do país, influenciando, dessa forma, outros setores na geração de riquezas. Porém, esse ambiente enfrenta inúmeros problemas como, por exemplo, grande consumo de energia, materiais de construção e recursos naturais, descarte inadequado de resíduos sólidos e não reciclados, curta durabilidade de muitas obras – com redução de desempenho -, perdas e desperdício de água potável, geração de poeira, poluição sonora, poluição do ar, emissão de gases do efeito estufa, desrespeito a padrões de qualidade. 

A sustentabilidade precisa se tornar, de fato, uma realidade na construção civil, considerando a visão holística, o pensamento sistêmico e a análise do equilíbrio de aspectos ecológicos, sociais e econômicos.

O conceito de desenvolvimento sustentável formulado pela Comissão Brundtland surgiu na década de 1970, com o estudo de temas relacionados à degradação do meio ambiente. É um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais, com recomendações de padrões de uso dos recursos naturais que não comprometam o futuro das próximas gerações. Em razão disso, produtos que atendam às exigências de sustentabilidade devem ser pensados de forma estratégica.  

Atualmente, ao se iniciar um projeto de engenharia, é indispensável a realização de abrangentes investigações técnicas e ambientais, com equipes multidisciplinares, nas diversas etapas (anteprojeto, execução, licenciamento ambiental, operação e manutenção) do empreendimento. Devem ser analisadas as propriedades adjacentes e entorno da área a ser ocupada. São necessárias avaliações periódicas, pesquisas (histórica e documental) desde o início da obra , passando pelo prazo de vida útil até a desativação após o fim de sua utilidade e funcionalidade.

Nos próximos anos, não serão apenas as construções em si que deverão passar por muitas mudanças e transformações, mas também o espaço urbano que elas integram, pois tudo está conectado através de várias relações de interdependência. É essencial que as edificações, interligadas em conjunto e de forma harmônica, melhorem a qualidade de vida das pessoas.

Os desafios são inúmeros e, por isso, é importante destacar alguns aspectos relevantes para a realização de construções sustentáveis, tendo como base os princípios de prevenção, precaução e preservação para minimizar danos ambientais:

 

  • a durabilidade de uma edificação começa no anteprojeto de uma obra de engenharia. É condição necessária para garantir a sustentabilidade;
  • é necessária a realização de análises de aspectos ambientais e impactos ambientais – que se iniciam pelo estudo preliminar, ainda na fase de projeto, com identificação de agentes geradores e as causas desses impactos;
  • criação de projeto integrado de modelagem e informação da construção;
  • criação de projetos com melhor relação de custo-benefício;
  • planejamento de curto, médio e longo prazos;
  • consciência ambiental, com entendimento de que os recursos naturais são limitados;
  • consideração de externalidades econômicas, análise do ciclo de vida e da enorme cadeia produtiva – desde a extração de matérias primas até o final da vida útil de um empreendimento -, para quantificar impactos ambientais;
  • minimização de impactos no ambiente urbano e no meio ambiente natural para melhorias de aspectos sociais, culturais e econômicos;
  • uso racional de recursos, diminuição de desperdícios, cuidados com a capacidade regenerativa da natureza;
  • redução do consumo de materiais; 
  • redução de perdas, aumento de reciclagem, eficiência energética, conservação de água, qualidade do ar interno, durabilidade e manutenção, melhoria da qualidade do processo construtivo;
  • utilização de energias renováveis;
  • reúso de água;
  • gestão de resíduos de construção e demolição;
  • pesquisas e implementação de novos materiais e especificações;
  • estabelecimento de valores para bens ambientais;
  • análise do custo global;
  • melhoria de eficiência e aumento de produtividade;
  • atendimento a normas de segurança, desempenho e legislação ambiental para mitigação e redução de riscos;
  • desenvolvimento de novas tecnologias e oportunidades para inovação;
  • atendimento aos requisitos de manutenção e desempenho;
  • atendimento aos requisitos de segurança e funcionalidade;
  • qualidade ambiental;
  • qualidade da construção;
  • obtenção de certificações ambientais;
  • necessidade de redução de informalidade nas construções;
  • investimento em educação ambiental e formação técnica de trabalhadores.

 

Referências Bibliográficas

Cuidados com as edificações / organizadores Amarilio da Silva Mattos Junior , Inálvaro Nazaré Soares. -1.ed. – São Paulo: Leud, 2021.

Ecohouse: a casa ambientalmente sustentável / Susan Roaf , Manuel Fuentes, Stephanie Thomas; tradução Alexandre Salvaterra. – 2.ed. – Porto Alegre: Bookman, 2006. 

Economia ambiental / Luiz Antônio Abdalla de Moura. – Belo Horizonte: Del Rey, 2011.

Fundamentos de projeto de edificações sustentáveis / Marian Keeler, Bill Burke; tradução técnica: Alexandre Salvaterra. – Porto Alegre: Bookman, 2010.

Manual de engenharia diagnóstica : desempenho, manifestações patológicas e perícias na construção civil / coordenação Tito Livio Ferreira Gomide …[et al.]. – 2.ed. – São Paulo: Leud, 2021.

Manual de manutenção em edificações / coordenadores Inês Flores – Colen, Tito Livio Ferreira Gomide, Stella Marys Della Flora; Carlos Pinto Del Mar , Fernando Branco (prefácios). – 1.ed. – São Paulo : Editora Leud, 2022. 

O desafio da sustentabilidade na construção civil: volume 5 / Vahan Agopyan, Vanderley M.John; José Goldemberg, coordenador. – São Paulo: Blucher, 2011.

 

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